“Som do silêncio”: projeto do TJ disponibiliza abafadores auriculares para pessoas portadoras de TEA no Fórum Central
Com o objetivo de garantir maior inclusão, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro inaugurou, na manhã desta quinta-feira (07/11), em suas dependências, o projeto “O som do silêncio”, que garante a pessoas portadoras de Transtorno do Espectro Autista acesso a protetores auriculares, logo na entrada do Fórum Central.
Portadores de TEA podem ter sensibilidade auditiva intensa e apresentar aversão a determinados barulhos e sons. Por isso, o TJRJ implantou o projeto no Fórum Central da Capital e que será estendido, numa segunda etapa, a todas as serventias do Poder Judiciário fluminense.
Para a juíza auxiliar da Presidência Ana Paula Figueiredo Barros os protetores vão fazer a diferença junto aos portadores de TEA
A juíza auxiliar da Presidência do TJRJ Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros destacou a importância do projeto para garantir a proteção de pessoas hipersensíveis que circulam pelas dependências do Fórum:
“Nós não percebemos. Mas as pessoas hipersensíveis aos sons, como os que possuem Transtornos do Espectro Autista, sofrem muito com os barulhos e sons. Daí a importância de atendermos melhor no Judiciário todas as pessoas portadoras dessa hipersensibilidade e que será estendida a todas as serventias”, disse a magistrada.
Além de protetores auriculares descartáveis, já está disponibilizado os protetores, abafadores infantil e de adulto.
“Agora, quem for participar de alguma audiência ou precisar resolver algum problema aqui no Fórum e tiver algum tipo de sensibilidade, contará com a distribuição desses abafadores e também os protetores auriculares descartáveis. Isso fará a diferença e a pessoa se sentirá muito mais tranquila”, explicou a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros.
Participaram do lançamento do projeto “O som do Silêncio”, além da juíza auxiliar da Presidência do TJRJ Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, o secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Antônio Francisco Ligiero, e o diretor do Departamento de Acesso à Justiça, Ação Social e Acessibilidade, Luiz Felipe Fleury, além de funcionários do Difor.
Participaram da cerimônia de abertura do projeto a juíza auxiliar da Presidência do TJRJ Ana Paula Figueiredo Barros, o secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Antônio Francisco Ligiero; o diretor do Departamento de Acesso à Justiça, Ação Social e Acessibilidade, Luiz Felipe Fleury; além de funcionários do Difor
Iniciativa modelo
De acordo com os responsáveis pelo projeto, a inclusão de pessoas com TEA em ambientes públicos é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Como instituição pública, é importante que o TJRJ assegure que os cidadãos possam acessar seus serviços em condições de igualdade. Ao proporcionar abafadores de ruído, o Tribunal atenderá às necessidades sensoriais específicas de pessoas com TEA, garantindo que possam participar plenamente de suas atividades judiciais sem serem prejudicadas pelo ambiente.
O “Som do Silêncio” foi inspirado no "Inclua-me", iniciativa pioneira da juíza Cláudia Márcia Goncalves Vidal, titular do V Juizado Especial Criminal e juíza de Direito em Exercício na Direção do Fórum do Méier, que surgiu a partir da necessidade de atendimento ao público surdo e ampliado para a disponibilização de abafadores aos autistas. Diante da experiência bem-sucedida, foi pensada em sua expansão.
O projeto é uma iniciativa da Presidência e da Secretária-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
PF/FS
Fotos: Brunno Dantas